O sistema educacional brasileiro na década de quarenta do século XX, no âmbito da Reforma Capanema, passou a ter uma nova organização a partir das leis orgânicas do ensino. As novas leis publicadas pelo Ministério da Educação e Saúde regulamentavam a formação escolar no que diz respeito aos diferentes níveis e ramos de ensino, destaque para Lei Orgânica do Ensino Industrial. O ensino industrial passou a ser o ramo de ensino dedicado “à preparação profissional dos trabalhadores da indústria e das atividades artesanais, e ainda dos trabalhadores dos transportes, das comunicações e da pesca”. Nesse contexto, a Escola Industrial de Minas Gerais passou a ser denominada em 1942 como Escola Técnica de Belo Horizonte.

A Escola Técnica de Belo Horizonte começou, então, a oferecer cursos de formação profissional de grau médio (2º grau) aos estudantes que fossem aprovados nos exames de seleção de candidatos promovidos pela instituição. Os exames aplicados aos candidatos avaliavam aptidão mental e capacidade física, além de conhecimentos nas áreas de português, matemática. Exigia-se aos ingressantes no segundo ciclo do Curso Industrial a apresentação de um atestado de vacinação contra varíola e atestado de que o candidato não possuía qualquer doença contagiosa. Outra mudança significativa para a história institucional: o ensino profissionalizante oferecia formação que incluía disciplinas relacionadas às áreas técnicas específicas e disciplinas de cultura geral.

Durante o período de 1942 até 1958 a Escola Técnica de Belo Horizonte funcionou em um prédio provisório localizado na Av. Augusto de Lima nº2109. Até meados da década de 1950 a Escola enfrentou muitas dificuldades relacionadas à ausência de laboratórios e oficinas adequados e funcionou de forma precária até a inauguração de sua sede própria. Em 1958 inaugurou-se o prédio localizado na Av. Amazonas nº 5253, no bairro Nova Suíça, construído com instalações próprias e adequadas ao funcionamento de uma instituição de ensino profissional.