As Escolas de Aprendizes Artífices constituem a primeira intervenção articulada do governo republicano na educação profissional. Foram criadas 19 escolas, nas capitais estaduais e no Rio de Janeiro, então distrito federal. Conforme o texto da lei, o público-alvo dessas instituições de ensino seriam os “filhos dos desfavorecidos da fortuna”, os quais receberiam “preparo técnico e intelectual”. Estariam aptos, assim, a contribuir para o desenvolvimento da economia urbana e a garantir seu próprio sustento pela prestação de serviços. Isto evitaria, conforme o pensamento da época, a “ociosidade ignorante, escola do vício e do crime”.

A escola começou a funcionar em 8 de setembro de 1910, com 20 alunos; uma nova matrícula elevou o número a 32. Os cursos oferecidos eram o primário e o de desenho, mais as oficinas de trabalhos manuais visando o aprendizado de um ofício, como a sapataria. As aulas eram de manhã e à tarde. 

O espaço escolar e das oficinas foi improvisado no antigo prédio do Club Floriano Peixoto, na Avenida Afonso Pena, 1533, esquina com rua dos Guajajaras. Em 1923 começou a construção da sede própria, na então Avenida São Francisco (atual Olegário Maciel, onde hoje se situa o Edifício JK). 

Visando a permanência dos alunos na instituição e ampliando o papel social do ensino profissionalizante, foi implantada a merenda escolar em 1926.